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sábado, 9 de março de 2013

Cresce número de alunos da rede estadual com baixo conhecimento


09/03/2013 - 05h00

FÁBIO TAKAHASHI

DE SÃO PAULO
O número de estudantes da rede estadual com conhecimento insuficiente no ensino fundamental aumentou em 2012, aponta avaliação do próprio governo. Já no ensino médio caiu.
Os dados foram divulgados pela gestão Geraldo Alckmin (PSDB) ontem à noite. A base é o Saresp, avaliação do governo que prevê provas de português e de matemática.
Segundo o levantamento, a proporção de alunos "abaixo do básico" em matemática no 5º ano do fundamental aumentou 7% em um ano. Agora, são 27,9% no patamar mais baixo da escala. Nele, diz o governo, o estudante demonstra "domínio insuficiente" dos conteúdos para a série em que se encontra.
No patamar mais alto, o "avançado", a proporção foi de 9,6% para 9,7%.
Já no ensino médio, a proporção de alunos com conhecimento abaixo do esperado caiu de 58,4% para 55,8% em matemática. A variação em português foi similar, ainda que com intensidade menor.
Editoria de Arte/Folhapress
A Secretaria Estadual da Educação, em nota, afirma que investigará as causas das quedas, para então "intensificar as ações pedagógicas". A pasta disse ainda esperar que os indicadores melhorem com a ampliação das avaliações que ajudam a determinar quais estudantes passarão por recuperação.
Até 2012, a ferramenta era utilizada no 6º e 7º anos do fundamental e nos dois primeiros anos do ensino médio. Agora, será usada em todas as séries a partir do 6º ano. "No geral, vemos um cenário de estabilização. Num patamar baixo", diz o pesquisador Ocimar Alavarse, da USP.
"O Estado fez mudanças, implementou apostilas, e o resultado não está aparecendo. Ao que parece, é preciso repensar todas as políticas."
A variação da qualidade da educação no Estado diverge do que é visto no restante do país, onde o ensino médio está estagnado e o fundamental, melhorando. As metodologias, porém, são diferentes.
EXIGÊNCIA MENOR
A exigência do governo estadual para definir se o aluno tem conhecimento suficiente é menor do que a fixada por pesquisadores da área.
Numa escala de 0 a 500 pontos, o Estado entende que o aluno já tem conhecimentos suficientes a partir do 175, em matemática no 5º ano do ensino fundamental.
Para a ONG Todos pela Educação, que reúne pesquisadores, gestores e empresários, o esperado é que o aluno tenha 225 pontos. Se adotada essa lógica, a proporção com conhecimento insuficiente subiria dos 27,9% para 63,3%. No ensino médio, iria a 95,2%.

FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO


N.DO BLOG: Se observarmos bem, teremos duas posições que dizem a mesma coisa. Uma é otimista (do Governos, óbvio) e a outra da Folha (um pouco mais pessimista). Os dados reais mostram que apesar da pequeníssima melhora houve realmente um avanço.
Quem trabalha em sala de aula não percebeu. Confesso que até eu! Senti uma melhora ao analisar os dados da escola. Apesar das estatísticas serem claras, também sei que é fácil de serem manipuladas. Se analisarmos os dados de uma escola, dificilmente os resultados da última sondagem do ano (geralmente em novembro) é de acordo com os resultados do Conselho de Classe (no final de novembro). Como num prazo de menos que 10 dias há alterações significantes? Observei isto na prática. Escolas com 1 a 2% de retenção nas sondagens aparecem zeradas (isto mesmo!) com 100% de promoção?
Pois é... As escolas que possuem estas estatísticas que mostrem sua cara!
Fica a minha indignação! E com isto, A ESCOLA PÚBLICA ESTÁ MELHORANDO!!!!

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