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segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Em ano eleitoral, Kassab atrasa divulgação de dados da educação


24/10/2012 - 06h05

Em ano eleitoral, Kassab atrasa divulgação de dados da educação

FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO
Tradicionalmente divulgados até abril, os resultados do exame de alunos da rede municipal paulistana ainda não foram apresentados pela gestão Gilberto Kassab (PSD).
Segundo a Folha apurou, os dados não anunciados da Prova São Paulo 2011 apontam queda acentuada nas médias dos alunos do terceiro e quarto anos do ensino fundamental em relação a 2010, enquanto no nono ano houve um forte aumento.
Devido aos resultados considerados inesperados, um consultor externo foi chamado para ajudar a analisar a situação. Ele começou a trabalhar apenas no mês passado e entregará o relatório após as eleições municipais.
Assim, o candidato tucano José Serra --apoiado por Kassab-- e o petista Fernando Haddad não puderam debater os resultados mais atualizados do ensino na cidade.
Vice na chapa de Serra, Alexandre Schneider era o secretário municipal da Educação até abril deste ano.
Educadores apontam outro prejuízo: a dificuldade de moldar e monitorar as políticas na área, pois os dados disponíveis já estão defasados.
Editoria de Arte/Folhapress
METODOLOGIA
A Secretaria da Educação afirma que a variação nos resultados ocorreu devido a diferenças metodológicas aplicadas pelas empresas responsáveis pelo exame, escolhidas por licitação (Cespe em 2010 e Avalia em 2011).
O problema, diz a pasta, foi no momento de definir a média da rede. E nega que a eleição tenha influenciado.
Não houve divulgação pública sobre o porquê do atraso. A explicação foi dada à Folha apenas após questionamento à secretaria.
"Como não divulgam antes esse problema? Levanta suspeitas. É um desgaste para as avaliações externas", disse o professor da Faculdade de Educação da USP Ocimar Alavarse, que trabalhou na concepção da prova.
Aplicada aos alunos em novembro passado, a edição de 2011 da Prova São Paulo custou cerca de R$ 6 milhões.
O exame foi criado em 2007. Exceto a edição 2011, os resultados foram divulgados entre fevereiro e abril do ano seguinte à aplicação da prova.
"A avaliação já mostra situação passada. Se ainda atrasa, distancia o resultado da realidade", disse a diretora-executiva da ONG Todos pela Educação, Priscila Cruz.
Ela afirma que há sistemas educacionais, como o de Toronto (Canadá), que entregam os resultados nove semanas após a aplicação da prova.
INDIVIDUAIS
Desde março, as escolas municipais tiveram acesso aos resultados individuais, pois não há suspeita de erro nessas notas. O problema é que uma das formas de analisar o desempenho delas é compará-lo com a média da rede --que está sob análise.
O que chamou a atenção da secretaria foi a queda de mais de 10 pontos em português e matemática dos alunos do terceiro e quarto anos (escala de 0 a 500). Eles eram os que mais vinham melhorando.
Já os do nono melhoraram entre 10 e 13 pontos. E eles vinham piorando até então.

FONTE: FOLHA DE SÃO PAULO

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