Seja bem vindo!!!

Notícias (Feed UOL)

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

PELA EDUCAÇÃO ESPECIAL. CONTRA A ESCOLA ESPECIAL!

O texto a seguir se trata de uma reportagem realizado pelo Observatório da Educação, onde o entrevistado, Fábio Adiron, membro da comissão executiva do Fórum Permanente de Educação Inclusiva e pai de um menino de dez anos com síndrome de Down, fala sobre o parecer nº 13 do Conselho Nacional de Educação.

PELA EDUCAÇÃO ESPECIAL. CONTRA A ESCOLA ESPECIAL!
"Observatório da Educação entrevistou Fábio Adiron, membro da comissão executiva do Fórum Permanente de Educação Inclusiva e pai de um menino de dez anos com síndrome de Down. Ele fala sobre o parecer nº 13 do Conselho Nacional de Educação.“Somos a favor da educação especial e contra a escola especial, que é um modelo de segregação. A educação especial é uma necessidade específica do aluno que está na escola”, afirma.Observatório da Educação – Você tem um filho com síndrome de Down e atua no Fórum Permanente de Educação Inclusiva. Gostaria de saber sua experiência com a educação de seu filho e por que se tornou um militante da educação inclusiva?
Fábio Adiron - Minha experiência começa há dez anos, porque sou pai de uma criança com síndrome de Down. Não atuo profissionalmente na área de educação, mas acabei me envolvendo bastante com essa questão a ponto de hoje fazer parte da comissão executiva do Fórum Permanente de Educação Inclusiva. Quando fui procurar escola para meu filho, já fui com a ideia de colocá-lo numa escola comum. Ele entrou em uma particular, com três anos. Hoje, com dez, está na quinta série e tem caminhado bem, partindo do princípio de que, quando o professor acredita que ele pode aprender, encontra estratégias pedagógicas para ensinar.OE - Por que desde o início a opção pela escola comum?
Adiron – Porque quando ele nasceu e fui conhecer as escolas especiais fiquei horrorizado com o não-aprendizado de nada lá dentro. As pessoas entram lá e ficam eternamente, são educadas para serem deficientes para o resto da vida, não para serem pessoas. Na educação comum, educa-se uma criança para ser jovem, adulto, cidadão, para ter autonomia, capacitação para o trabalho, etc. Por isso me tornei militante da educação inclusiva. A opção é por esse caminho. Hoje existem dez ou doze jovens com síndrome de Down em universidades e todos lá chegaram pelo caminho comum. O que esses alunos têm em comum? Têm pais que não concordaram com esse modelo e os colocaram em escola comum. Foram educados dentro da escola para ter desenvolvimento acadêmico ao menos parecido com o resto da população.OE - Quais são os principais obstáculos para a educação inclusiva?
Adiron – Começam dentro de casa, onde os próprios pais. Pela cultura que temos em relação à deficiência, acabam olhando para o filho como coitadinho e não acreditam que a pessoa tem capacidade para aprender. Encontramos também uma série de obstáculos na escola, que acredita que todos vão aprender igualmente e acha que todo mundo deve se preparar para a escola e não que a escola deve estar preparada para todos. Há problemas, então, de discriminação e rejeição, dentre outros. A escola diz não estar preparada, mas na verdade não está preparada para educar. Temos exemplo na escola pública e na particular de que é possível encontrar caminhos. Existe ainda toda uma história de 60 anos de educação especial, quando era mais cômodo colocar essas crianças em lugar onde não dessem trabalho. Isso criou rede de instituições que sobrevivem à custa de manter esse status quo. São, portanto, várias barreiras. Há um histórico longo e complexo. Nem todos os pais, até hoje, acreditam. Existem mitos e lendas muito fortes. OE - Como a atuação do Fórum lida com a diversidade de deficiências, com as diferentes necessidades de adaptação e processos pedagógicos?
Adiron – Acreditamos que existem, em vários casos, necessidades de educação especial. Por exemplo, uma pessoa cega precisa aprender tecnologias assistivas. Isso é um tema da educação especial, é preciso um educador de braile para ensinar isso. Ou educador especial para ensinar libras para surdos, ou um para usar métodos de abordagens diferentes com pessoas autistas. Ou seja, é preciso ter educação especial dentro da escola comum. Somos a favor da educação especial e contra a escola especial, que é um modelo de segregação. A educação especial é uma necessidade específica do aluno que está na escola.OE – Mas isso não significa uma sala especial só com alunos com deficiência?
Adiron – Não, isso seria segregação do mesmo jeito. Só mudaria de endereço. É preciso atendimento educacional especializado, ou seja, a criança tem aula comum com as outras crianças e no contra-turno ela tem as matérias de educação especial. Matemática quem dá é o professor de matemática. O atendimento especial é para o atendimento específico.OE – Nesse contexto, qual é o significado do parecer nº 13 do Conselho?
Adiron – O parecer diz que o Ministério da Educação regulamentou o atendimento educacional especializado, resolveu a questão de verba. Antes era só uma, havia disputa por aluno entre a escola especial e a comum. Com o decreto de atendimento especializado, há uma verba para cada coisa. Ou seja, a escola recebe verba pelo aluno estar na escola comum, e o atendimento educacional especializado recebe sua verba, inclusive se for fornecido fora da escola comum. Para ter direito à verba do atendimento educacional especializado é obrigatório que a criança esteja matriculada na escola comum, ou seja, a educação especial deve ser complementar, não substitutiva. Hoje, as instituições que têm escolas especiais deixam de ser escolas substitutivas e devem mudar o modelo para fornecer esse atendimento educacional especializado. Tem gente que já está fazendo isso, a Apae de São Paulo fechou escola, está oferecendo atendimento educacional especializado, seja na escola, seja na Apae, mas desde que a pessoa esteja na escola comum.OE – O parecer dá conta, então, de todas as questões?
Adiron – O mundo ideal, para mim, é que tudo fosse dentro da mesma escola. O modelo do parecer ainda considera que o atendimento educacional especializado possa ser feito numa Apae, por exemplo, mas não pode ser substitutivo da escola comum.OE – Mas o sr. considera o parecer um avanço?
Adiron – Sim, é um avanço brutal, todos deverão estar na escola comum. O medo das grandes redes de educação especial é que, no momento em que essas crianças estiverem na escola comum, esta vai começar a descobrir que dá conta. Eles têm medo de que, no médio e longo prazo, a escola vá aprendendo a lidar com isso. Esse pânico que está sendo gerado é um discurso do pavor, em nenhum documento está escrito que serão fechadas as escolas especiais. Esse discurso está sendo usado para gerar pavor nos pais e toda essa movimentação, mas é um falso discurso, pois em nenhum momento se fala em fechar escolas especiais. OE – Que outras demandas por políticas públicas o Fórum traz?
Adiron – Fundamentalmente, o Fórum está preocupado com uma educação de qualidade para todas as pessoas. Inclusão não só de pessoas com deficiência, mas de todos aqueles que estejam excluídos de alguma forma da educação, seja por pobreza, raça, gênero ou qualquer outra questão. A ideia é como podemos atuar de maneira que os sistemas educativos possam ser abertos efetivamente para todas as pessoas, em todos os níveis, desde a educação básica até o ensino superior."

Quem quiser conhecer mais Fabio Adiron acesse: http://xiitadainclusao.blogspot.com/

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

MEC rejeita texto que obriga a pôr deficiente em escola comum

Vitória das APAES!!!! Mais uma vez, parabéns Fernando Haddad. 30 anos de luta pela inclusão jogados (talvez ainda não) no lixo. É lamentável!!!! O MEC está deixando de atender a comunidade para atender as "classes dominantes".
Sei que as escolas estão despreparadas e seus professores também. Trabalho e convivo com isto! Mas, lembro também que esta luta pela inclusão total é de longa data. Dava tempo suficiente para implementá-la com eficiência. E não "depositar" deficientes nas salas de aula, como é hoje (e ainda dizem que isso é inclusão). Leiam o texto na íntegra, publicado pela Folha, clicando aqui.

Gripe suína: Conselho de SP volta atrás e exige cumprimento de 200 dias letivos

Pois é... Numa das raras vezes que vi, em 28 anos de magistério, o Conselho Estadual de Educação de São Paulo volta atrás em sua decisão. Pelo parecer do CEESP o seu texto é idêntico à Resolução SE 57 e a Portaria nº 3.945/09. Isto nos faz crer que houve pressão dos órgãos governamentais (federal, estadual e municipal) para voltarem atrás em sua decisão. Leia o texto em sua íntegra clicando aqui.

sábado, 15 de agosto de 2009

Pressionado, conselho adia decisão de flexibilizar calendário escolar

Isto é válido somente para as escolas particulares, haja visto que as Secretarias de Estado e Município de São Paulo já colocaram suas posições de manterem os 200 dias.
O incrível é ter que ler, ver ou ouvir políticos (como por exemplo o Ministro da Educação, Fernando Haddad) colocando que é um "direito" do aluno ter os 200 dias. Pergunto: e os direitos dos alunos por uma escola de qualidade? Desde quando quantidade de aulas é sinônimo de qualidade de ensino? Oh, Sr Ministro. Me poupe!!
Basta refletir (se é que fazem isto!): Reposições demandam pessoas que devem ser deslocadas para atenderem uma área que não constavam atividades. Requerem gastos! Nas escolas é patente que demandam equipe técnica toda, funcionários (inspetores e pessoal de apoio como secretaria e limpeza), pessoal terceirizado para manutenção do prédio (prefeitura, o que implica gasto de horas-extras) e professores (tudo bem, pois estes não trabalharam durante o período) e alunos.
Requer, também, o adiamento de algumas atividades já elencadas com a comunidade que podem utilizar o espaço físico durante os sábados. E, outros assuntos que fogem de meu conhecimento.
Há a possibilidade de se decretar a diminuição dos dias letivos sem prejuízo de sua qualidade (180 dias ou 190, que é a nossa realidade, de São Paulo). Se fosse uma reposição por motivo de greve, tudo bem! Mas, por se tratar de uma pandemia, cabe ter uma reflexão maior. Ou será que a situação é mais grave e não se quer "tocar" no assunto?
Deixo a quem ler concluir, pois já tenho a minha.
É interessante que se leia o artigo da FOLHA. Clique aqui e leia.

quarta-feira, 12 de agosto de 2009

VOLTA ÀS AULAS: ESTADO E PREFEITURA DECIDEM MANTER OS 200 DIAS LETIVOS

É tudo uma total insensatez. Não há palavras para isso a não ser dizer: que culpa tem os profissionais de educação e os alunos pela pandemia?????

Leia este artigo da Folha de São Paulo - 12/08/2009 - Cad. Cotidiano

"As escolas das redes públicas estadual e municipal terão de cumprir os 200 dias letivos programados para este ano. Os 15 dias de aulas perdidos com o adiamento por conta da gripe suína poderão ser repostos aos sábados e na semana de folga agendada para outubro."

segunda-feira, 10 de agosto de 2009

Gripe suína: Conselho de São Paulo "desobriga" escolas a cumprirem 200 dias letivos

Pois é... Mais uma vez acertei. O Conselho Estadual de Educação aconselhou às escolas usarem o "bom-senso" e desobrigou a term 200 dias letivos desde que estas cumpram o conteúdo proposto no planejamento. O que falta agora é as Secretarias Educacionais Municipais e Estaduais, além das particulares acatarem a recomendação do Conselho. Isto é um alívio!
Leia o artigo do UOL clicando aqui.

terça-feira, 4 de agosto de 2009

Os R$7.000,00

Pois é. Analisando os artigos chega-se a muitas dúvidas e pouca conclusão.
- Se você optar por tentar alcançar o top do salário de professor/direção, após 12 anos, a sua aposentadoria será acrescida do valor? (Se bem que ainda se fala na escala de vencimentos atual)
- Como virá discriminada este acréscimo? Gratificação? Bônus? (Se for assim, não há garantias na aposentadoria!)
- Se for incorporada nos líquidos de vencimentos, haverá uma mudança na tabela. Quem garante que os direitos adquiridos por todos serão mantidos? (São tão poucos!)
- Quais são os critérios de avaliação? Baseados em que princípios? Como serão avaliados os candidatos? (Haverá conchavos?)
Há mais dúvidas que poderiam serem acrescentadas, mas espero que sejam para o bem da Educação.
Realmente, 12 anos é muito tempo, ainda mais se tratando de POLÍTICA GOVERNAMENTAL PARA A ÁREA DA EDUCAÇÃO, na qual ficamos à mercê de quem governa, ou seja, será que um governo de oposição manterá este projeto? Afinal, são 3 mandatos!
É... Aguardemos. Sei que estou sendo cético. Acho que 28 anos de magistério me fizeram assim. Perdoem-me por estas colocações mas ainda acredito que haverá uma mudança educacional que agrade a maioria. Eles estão tentando...

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Salário de professor pode chegar a R$ 7 mil em SP (continuação)

Continuando, lembro que todo o processo decorrerá em 12 anos!!! Não sejamos imediatistas!!! Éo tempo necessário para o professor evoluir até a máxima. Preste atenção aos critérios utilizados. Não é impossível chegar lá. A tabela é atraente!!! Daqui a 12 anos saberei se alguém chegou lá. (espero estar aposentado, hehehehe).
CLIQUE AQUI e veja a tabela e, tente chegar lá.

Salário de professor pode chegar a R$ 7.000 em São Paulo

UUUUAAAAAUUUUU!!!!! QUE BOM!!!!! FINALMENTE DERAM VALOR !!!!!!!
CALMA!!!!! PÉS NO CHÃO!!!!!!

A manchete é ótima e real. Mas...
Leia o texto do Dimenstein e verá como será árduo chegar a este salário (lembro que somente o diretor chega a este salário (R$ 7.147,05). O PEB I cheg a pouco mais de R$ 5.429,45 e o PEB II a R$ 6.270,78).
Se analisarmos friamente, o professor que se submeter a estas avaliações regulares terá lembrado que seria melhor fazer uma pós de mestrado e/ou doutorado que ganharia no mínimo igual ao professor do estado (lembro que não precisará aturar os alunos que temos!).
Acho que, somente aqueles que amam a escola fundamental fariam estes exames. Mas, a intenção é boa mas, não é por aí que conseguiremos uma escola de qualidade.
CLIQUE AQUI e leia a reportagem.

sábado, 1 de agosto de 2009

Parques devem ser adaptados

Ainda me lembro quando ia a um parque e ficava vendo os outros se divertirem. Hoje, ainda vejo. Mas, a luz ainda brilha, mesmo que fraquinha. Uma nova lei obriga que 5% dos brinquedos sejam adaptados. É um início, finalmente! Há comentários de entrevistados que nos mostram cada dia há muito por fazer em relação à pessoa com deficiência. Há a boa intenção mas... como sempre, conceitos errados.
Veja o vídeo no UOL, clicando aqui.