Há aproximadamente 18 anos (se não me falha a memória), em minha plenitude de ações conjuntas com os sindicatos, lembro-me que dizíamos para a categoria ter cuidados em relação ao PLANO DECENAL (Lembra?) e de que haveria mudanças em todas as áreas do ensino fundamental.
Este plano que deveria desencadear diversas mudanças na área educacional, era para ter início no início dos anos 90 e terminado em 2000. Alertávamos a categoria , na qual esta nos chamavam de "futurólogos" e que isto jamais aconteceria. Pagando para ver!
É, Tomé! Atrasou mas não tardou!
No final dos anos 90, a categoria (estado e prefeitura) já começou a sentir as mudanças.
No estado, agora em 2008, com o aumento nas HTPCs e PLEs, cobrança por qualidade de ensino, objetivos e metas a serem alcançadas pela escola, bônus (des)merecimento pelo cômputo geral destas medidas já mencionadas são o "início" daquilo que dizíamos em outrora. No município os projetos São Paulo é uma escola e outros que mudam de rótulo também fazem alterações e caminham para a unificação do Ensino Fundamental (talvez uma municipalização do ensino (1º ao 9º ano). Alterações nos Planos de Carreira também fazem parte.
Os projetos educacionais não estão conseguindo atingir as metas estabelecidas (cada governo cria ou recria projetos mirabolantes, massacra o professor e exige resultados).
Sinto todos os professores colocados na parede: os Governos: o professor é o responsável pelo processo ensino-aprendizagem do aluno. O fato de não conseguir está no fato dele não estar capacitado para o processo; a mídia: professores não preparados, agressores ou sendo agredidos por alunos, etc.; os sindicatos: carga-horária estafante (cuidado pois isto contribui para a fixação do prof. em uma escola (que bom!!!)), salário, nº de alunos por sala, falta de investimento dos governos, etc.; e, as famílias: leite, material escolar, uniforme (e a qualidade de ensino?), falta de professor, etc. Não é a toa que a maior lista de licenças-saúde das secretarias de governo seja da área da educação.
Com tudo isto este professor se encontra em situação deplorável. É necessário resgatar a dignidade de ser professor e lembrar a todos que somente unidos e em conjunto chegaremos a ter um nível de educação de orgulho (governos, escolas e famílias). Se verificarmos quem tem culpa, não chegaremos a um consenso.
Alerto das próximas investidas que visam a fixar o professor em uma só escola (não pensem que virá aumento de salário!) e; futuramente, a perda da estabilidade caso não atinja patamares adequados em relação a objetivos e metas (isto acho pouco improvável de ocorrer por motivos políticos mas, não é impossível).
Não consigo visualizar até onde irá esta situação. Não me critique por colocar situações ruins em relação a esta área na qual trabalho e gosto. Apenas estou pontuando fatos que já ocorreram nestes meus 26 anos de magistério. Espero que eu esteja errado em relação ao futuro. Afinal, ainda temos que ter esperança pois se O PROFESSOR LEMBRAR DO PODER QUE TEM DE LIDAR COM MASSA PODE REVERTER ESTA SITUAÇÃO.
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