Fica difícil colocar tal assunto por se tratar de um fato onde trabalho. Nesta semana presenciei algo que me chocou e acho que chocaria à todos que presenciassem tal situação:
Uma aluna surda, com 7 anos que possui problemas disciplinares gerados por falta de apoio familiar sendo transferida de escola para "melhor" aprendizagem numa escola bilíngue (libras e escrita) bem distante de onde mora. Tudo isto alegando-se que ela terá melhor suporte pois a escola não possui estes recursos. Até aqui, podemos dizer que a escola está pensando no "melhor" para a aluna?
Sabemos da falta de recursos das escolas públicas em especial as do Estado (São Paulo). Nota-se que há dificuldades para professores/funcionários/coordenação/gestores de aceitarem alunos que necessitem de apoio. (Engraçado: será que todos tem que pensar assim a não ser que tenham passado por isto, como um ente querido ou alguém da família?). Talvez seja realmente o melhor para ela pois terá o suporte que necessita. Conheço o trabalho desenvolvido pelos CEFAIs (da Prefeitura de São Paulo) onde muitos possuem um trabalho sério visando a inclusão (pois os alunos frequentam aulas com os demais alunos e desenvolvimento de suas necessidades especiais no contraturno).
Até aqui, nada contra! Se não fosse cercado e repleto de detalhes. Resumindo: a aluna estava sendo assistida por uma professora que apoia e trabalha de forma inclusiva. Está cursando Libras para ensinar e aprender, também, a comunicar-se com surdos (ela já trabalha na área de cegos pela PMSP (CEFAI); tem uma professora auxiliar que domina a linguagem dos sinais que estava auxiliando (e muito!) o desenvolvimento da criança. Uma coordenadora pedagógica interessada em dar suporte, na qual eu me propus a auxiliar para atingirmos os objetivos pedagógicos propostos para a aluna. Enfim, tudo se encaixando e caminhando para a real inclusão. Sabemos das dificuldades que a estrutura nos dá e como os pais dela tem dificuldades de sair a procura de apoio. A dificuldade de se locomoverem, inclusive no bairro onde moram, por terem vindo de outro lugar. De repente, numa escola, onde não se conseguiu comunicar com ela, onde seu comportamento para "chamar a atenção" eram em forma de gritos ou ações. Formas de mímicas convencionadas no ambiente familiar tornaram-se "motivos" para serem buscadas em uma escola bilingue. Se tudo isto fosse em final do ano letivo (início se fosse em fevereiro), dependendo da forma como se justificasse a transferência, tudo bem.
Francamente, espero que os pais a levem para a escola onde foi encaminhada. Que ela frequente assiduamente e aprenda como conviver no meio de pessoas boas e de boas intenções e afaste as "boas" com intenções duvidosas e as más também. Porque, a distancia de mais de 20 km da casa dela ao local de estudo (mesmo com as peruas do TEG - Transporte Escolar Gratuíto) e a efetiva participação dos pais no processo de aprendizagem se tornem numa pequena distância de AMOR que deve haver entre todos os envolvidos.
Reitero, mais uma vez, a ajuda e aconselhamento de minhas amigas que trabalham na área, meu muitíssimo obrigado e, como disse anteriormente: NÃO SOU CONTRA as escolas que procuram auxiliar (mesmo quando não tem recursos) e sim A FORMA de como foi colocada, inclusive, contra a vontade da professora da classe e de sua auxiliar. Não queremos criar MÁRTIRES! Longe de mim isto! Mas fica mais uma revolta! Será que houve INCLUSÃO ou será que houve uma EXCLUSÃO?
Uma aluna surda, com 7 anos que possui problemas disciplinares gerados por falta de apoio familiar sendo transferida de escola para "melhor" aprendizagem numa escola bilíngue (libras e escrita) bem distante de onde mora. Tudo isto alegando-se que ela terá melhor suporte pois a escola não possui estes recursos. Até aqui, podemos dizer que a escola está pensando no "melhor" para a aluna?
Sabemos da falta de recursos das escolas públicas em especial as do Estado (São Paulo). Nota-se que há dificuldades para professores/funcionários/coordenação/gestores de aceitarem alunos que necessitem de apoio. (Engraçado: será que todos tem que pensar assim a não ser que tenham passado por isto, como um ente querido ou alguém da família?). Talvez seja realmente o melhor para ela pois terá o suporte que necessita. Conheço o trabalho desenvolvido pelos CEFAIs (da Prefeitura de São Paulo) onde muitos possuem um trabalho sério visando a inclusão (pois os alunos frequentam aulas com os demais alunos e desenvolvimento de suas necessidades especiais no contraturno).
Até aqui, nada contra! Se não fosse cercado e repleto de detalhes. Resumindo: a aluna estava sendo assistida por uma professora que apoia e trabalha de forma inclusiva. Está cursando Libras para ensinar e aprender, também, a comunicar-se com surdos (ela já trabalha na área de cegos pela PMSP (CEFAI); tem uma professora auxiliar que domina a linguagem dos sinais que estava auxiliando (e muito!) o desenvolvimento da criança. Uma coordenadora pedagógica interessada em dar suporte, na qual eu me propus a auxiliar para atingirmos os objetivos pedagógicos propostos para a aluna. Enfim, tudo se encaixando e caminhando para a real inclusão. Sabemos das dificuldades que a estrutura nos dá e como os pais dela tem dificuldades de sair a procura de apoio. A dificuldade de se locomoverem, inclusive no bairro onde moram, por terem vindo de outro lugar. De repente, numa escola, onde não se conseguiu comunicar com ela, onde seu comportamento para "chamar a atenção" eram em forma de gritos ou ações. Formas de mímicas convencionadas no ambiente familiar tornaram-se "motivos" para serem buscadas em uma escola bilingue. Se tudo isto fosse em final do ano letivo (início se fosse em fevereiro), dependendo da forma como se justificasse a transferência, tudo bem.
Francamente, espero que os pais a levem para a escola onde foi encaminhada. Que ela frequente assiduamente e aprenda como conviver no meio de pessoas boas e de boas intenções e afaste as "boas" com intenções duvidosas e as más também. Porque, a distancia de mais de 20 km da casa dela ao local de estudo (mesmo com as peruas do TEG - Transporte Escolar Gratuíto) e a efetiva participação dos pais no processo de aprendizagem se tornem numa pequena distância de AMOR que deve haver entre todos os envolvidos.
Reitero, mais uma vez, a ajuda e aconselhamento de minhas amigas que trabalham na área, meu muitíssimo obrigado e, como disse anteriormente: NÃO SOU CONTRA as escolas que procuram auxiliar (mesmo quando não tem recursos) e sim A FORMA de como foi colocada, inclusive, contra a vontade da professora da classe e de sua auxiliar. Não queremos criar MÁRTIRES! Longe de mim isto! Mas fica mais uma revolta! Será que houve INCLUSÃO ou será que houve uma EXCLUSÃO?
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